quarta-feira, 6 de julho de 2016

SUSTENTABILIDADE: CIMENTO ECOLÓGICO

MATÉRIA-PRIMA FUNDAMENTAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL, O CIMENTO É O MAIOR VILÃO DE UM SETOR QUE RESPONDE POR QUASE 5% DAS EMISSÕES MUNDIAIS DE GÁS CARBÔNICO. ISSO OCORRE PORQUE O PROCESSO DE PRODUÇÃO DE CADA TONELADA DE CLÍNQUER, SEU PRINCIPAL COMPONENTE, LIBERA NA ATMOSFERA A MESMA QUANTIDADE DE CO2.
A SAÍDA, PORTANTO, É REDUZIR A PORCENTAGEM DESSE INGREDIENTE NA FÓRMULA - COMO ACONTECE COM O CPIII, TIPO DE CIMENTO QUE SUBSTITUI PARTE DO CLÍNQUER POR ESCÓRIAS DE SIDERÚRGICAS, MATERIAL NOBRE QUE SOBRA DA FUSÃO DO MINÉRIO DE FERRO, COQUE E CALCÁRIO.
DISPONÍVEL PRINCIPALMENTE NA REGIÃO SUDESTE, ONDE CONCENTRAM-SE AS SIDERÚRGICAS BRASILEIRAS, O PRODUTO REAPROVEITA CERCA DE 70% DO RESÍDUO GERADO POR ESSA INDÚSTRIA.
O CP III É UM CIMENTO DE USO GERAL, SENDO MAIS RESISTENTE, ESTÁVEL E IMPERMEÁVEL QUE O CIMENTO COMUM. COM UM PROCESSO DE HIDRATAÇÃO MAIS LENTO, ELE DEMORA MAIS A CURAR, O QUE ACABA POR PREVENIR FISSURAS TÉRMICAS. TAIS CARACTERÍSTICAS O TORNAM IDEAL PARA FUNDAÇÕES, LAJES E PILARES.
PARA PRESERVAR SUAS QUALIDADES, CONTUDO, A CURA (OU SECAGEM), DEVE SER FEITA COM MAIS ÁGUA E ACOMPANHADA COM ATENÇÃO. APESAR DE EXISTIR POR AQUI DESDE 1952, O CPIII ERA ALVO DE PRECONCEITO DOS CONSTRUTORES EXATAMENTE POR TER RESÍDUOS INDUSTRIAIS - QUADRO QUE A PREOCUPAÇÃO COM A QUESTÃO AMBIENTAL ALTEROU: ELE JÁ REPRESENTA 17% DO CONSUMO DE CIMENTO NO BRASIL.
VALE LEMBRAR QUE NO SUL DO PAÍS, OS GRANDES FABRICANTES PRODUZEM O CIMENTO POZOLÂNICO (CPIV), QUE EMPREGA RESÍDUOS DAS TERMOELÉTRICAS E TEM DESEMPENHO SEMELHANTE AO DO CPIII.

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