terça-feira, 26 de setembro de 2017

NEURÔNIOS: "SÃO PAULO NAS ALTURAS" FOCA NA FASE DE OURO DA ARQUITETURA BRASILEIRA

COM O SUBTÍTULO ' A REVOLUÇÃO MODERNISTA DA ARQUITETURA E DO MERCADO IMOBILIÁRIO NOS ANOS 1950 E 1960', O LIVRO DO JORNALISTA RAUL JUSTE LORES RESGATA A FASE DE OURO DA NOSSA PRODUÇÃO ARQUITETÔNICA.
"NESSA ALIANÇA INÉDITA, E RARAMENTE REPETIDA, AS ERUDITAS PRANCHETAS DO PAÍS TRABALHARAM PARA OS MAIS AUDACIOSOS INCORPORADORES IMOBILIÁRIOS. EMPREENDIMENTOS PRIVADOS BUSCANDO O LUCRO ENRIQUECERAM A PAISAGEM URBANA DA CAPITAL PAULISTA. O PODER PÚBLICO, QUE TANTAS VEZES VETOU A INOVAÇÃO, PERMITIU A CONSTRUÇÃO DESSES ÍCONES", ATESTA O AUTOR.
FASCINADO POR ARQUITETURA, LOURES RESGATA NOMES COMO RINO LEVI (1901/1965), VILANOVA ARTIGAS (1915/1985) E O CASAL DE IMIGRANTES ITALIANO MARIA BARDELLI E ERMANO SIFREDDI, PRECURSORES DOS EDIFÍCIOS-GALERIAS - COMO A ICÔNICA GALERIA DO ROCK, DE 1961.
MAS DE POUCO ADIANTARIA O TALENTO E OUSADIA SE NÃO HOUVESSE QUEM FINANCIASSE OS PROJETOS. OTÁVIO FRIAS FOI UM DESSES INCORPORADORES VISIONÁRIOS. O BANCO NACIONAL DE HABITAÇÃO (BNH), SÓ SERIA CRIADO EM 1964. DESSA MANEIRA, ARQUITETURA E MERCADO IMOBILIÁRIO CAMINHAVAM JUNTOS, NUMA DEMONSTRAÇÃO DE QUE A 'MODERNIDADE VENDE' - COMO RESSALTA O AUTOR NO PRIMEIRO CAPÍTULO, ENTITULADO 'O CAPITAL SEGUE A FORMA'.
O DESEJO ERA SOCIALIZAR O ESPAÇO URBANO, JUNTANDO EM UM MESMO CONDOMÍNIO PESSOAS DE DIFERENTES CLASSES SOCIAIS. E OS PRÉDIOS DE USO MISTO MANTINHAM A CIDADE VIDA, CONVIDATIVA AO CAMINHAR. EXATAMENTE O OPOSTO DO QUE OCORRE HOJE, COM QUARTEIRÕES INÓSPITOS DE CONDOMÍNIOS ENTRINCHEIRADOS QUE IGNORAM A VIDA URBANA.
QUE TAL LEITURA ILUMINE AS MENTES DOS INCORPORADORES. DEMANDA PARA PROJETOS BEM RESOLVIDOS E DIFERENCIADOS CERTAMENTE EXISTE. QUEM NÃO GOSTARIA DE MORAR EM UM EDIFÍCIO QUE SE DESTACA NUMA PAISAGEM DE TORRES RESIDENCIAIS FEITAS EM LINHA DE MONTAGEM?

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