O DESEJO DE VIVER COM INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIS QUE CARACTERIZA O ENVELHECER NO SÉCULO XXI NÃO SIGNIFICA UMA APOLOGIA DA SOLIDÃO. TRATA-SE DO REFLEXO DA REALIDADE CONTEMPORÂNEA: AS RESIDÊNCIAS NÃO ABRIGAM MAIS TRÊS GERAÇÕES SOB O MESMO TETO E BOA PARTE DOS IDOSOS PREFERE, DE FATO, MORAR SOZINHA.
"A MODERNIZAÇÃO NÃO REBAIXOU A POSIÇÃO DOS MAIS VELHOS, REBAIXOU A POSICAO DA FAMÍLIA. A VENERACAO AOS IDOSOS DESAPARECEU, MAS NÃO FOI SUBSTITUÍDA PELA VENERACAO AOS JOVENS. FOI SUBSTITUIDA PELA VENERAÇÃO À INDEPENDÊNCIA ", ATESTA O PROF. ATUL GAWANDE EM SEU LIVRO 'MORTAIS'.
E PENSAR QUE O ENVELHECINENTO EM GRANDE ESCALA É UMA PREOCUPACAO RECENTE DA HUMANIDADE. NO FIM DO SECULO XVI, QUANDO BOA PARTE DA POPULAÇÃO NÃO CHEGAVA AOS 40 ANOS, MONTAIGNE (1533-1592) FOI PRECISO: "MORRER DE VELHICE É UMA MORTE RARA, SINGULAR É EXTRAORDINÁRIA. "
A LONGEVIDADE ERA TÃO INUSITADA QUE AS PESSOAS QUERIAM PARECER MAIS VELHAS E MENTIAM A IDADE - POIS É, HOUVE SIM UM ETARISMO REVERSO...
O ESPETACULAR AVANÇO NO TEMPO DE VIDA DOS CIDADÃOS SE DEU PRINCIPALMENTE NOS ÚLTIMOS 100 ANOS, COM A EVOLUÇÃO DA MEDICINA, A URBANIZAÇÃO, A MELHOR NUTRIÇÃO. ENVELHECER É A BENCAO DOS QUE TÊM A SORTE DE VIVER UMA VIDA LONGA.
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